29 de novembro de 2010

tease. striptease.

não sabendo bem como, dei comigo, no Sábado à noite, a assistir e também a contribuir para o financiamento de um striptease em casa de um amigo meu, feito ao próprio, em ocasião do seu aniversário. Coisas divertidas a assinalar:

Uma. O ar de menino do meu amigo (desculpa, Bruno mas é verdade!) que fala, fala, fala, fala, fala, fala mas na altura foi vê-lo atrapalhado, sem saber onde havia de pôr as mãos. 

Duas. Observar os casais. Foi de partir a rir. Fase um, elas furiosas a olhar para eles a olhar pra stripper. Fase dois, depois do strip, elas com altas trombas a dizer já iamos embora. Fase três, eles a agarrarem-nas e a dizerem és muito mais linda! e a fingir que não tinham gostado. Ah ah ah.

Três. Eu a zelar pelo pipi da menina. Ó Liliana, ela não vai tirar as cuecas, pois não? Está aqui taaanta gente, coitada! Bumba. Tirou. Estava muito menos preocupada do que eu.

Quatro. Ver a rapariga depois dela se ter ido "vestir" e pensar então mas o strip não acabou já?

Cinco. Fazer contas à vida e perceber que ganhava muito mais como stripper do que como médica e essa merda, sim, é triste.

28 de novembro de 2010

26 de novembro de 2010

Ando muito desactualizada e só dei por isso agora.

Se uma novela da TVI ganhou um Emmy, 
eu, para o ano, ganho um Óscar.




Emmy dos Emmy's que eu estou a pensar, não é? Aqueles prémios de televisão, certo? Não há aqui nenhuma hipótese de confusão nem nada que me esteja a escapar?

24 de novembro de 2010

queridas, da última vez que foram à revisão, os parafusos dessas lindas cabecinhas estavam todos bem apertados, não estavam?


Ir para a porta da H&M às cinco da manhã? 
Para comprar H&M Lanvin? Tipo, a sério?



Eu não ia às cinco da manhã para uma fila à porta de sítio nenhum, nem que o George Clooney estivesse lá dentro à minha espera, de joelhos, com um anel. Todo nú.





22 de novembro de 2010

Peripécias avulso.

Surreal é ter um doente de 96 anos, praticamente o mais saudável da enfermaria, completamente vigil, comunicativo, orientado, a tapar a boca com as mãos - como se tivesse dois anos - e a gritar-me não como, não como, não como, não como, não como, não como, não como!. [Ainda tento, mas senhor Joaquim, o senhor tem de .. ] Não como, não como, não como, já disse que não cooooomo. Não co-mo. La la la la laaaaaa. Nããããão cooooomo , n-ã-o coooooooooo-mooooooo e a gritar à enfermeira ponha-me essa porcaria para o lixo, que eu pago mas comer, já disse que não como! 

E depois quando o neto vai lá visitá-lo e eu lhe digo que o avô está bem, prestes a ter alta, que o único problemazinho é estar em recusa alimentar, ele olha para o neto, põe olhos de bambi e diz-lhe Não é nada, eu comi tu-do! 

Mas quando não está rezingão é amoroso e eu gosto muito dele. E conta coisas da mulher que se chamava Emília e já morreu e era muito boa para ele e muito bonita. E do genro que é médico na Califórnia. E, quase aposto, que vive até aos cem.

21 de novembro de 2010

19 de novembro de 2010

qualquer dia, as conservatórias podem fechar portas.



agora, para a actualização do estado civil, existe o facebook.






Se eu disser que sou viúva ou divorciada. toda a gente acredita.
Fiem-se nisso, fiem.  





18 de novembro de 2010

e amanhã trabalho porque, infelizmente para mim, a administração do hospital não se deixou levar pelo provincianismo saloio de que a cidade deve parar por causa da cimeira (logo nós, país tão próspero e produtivo, aaah!) (*)


Hoje estou naqueles dias em que estou tão tão tão tão tão tão tão tão tão tão tão tão cansada e stressada e desesperada e sensível e a um niquinho asssim (!) de ter um colapso e tão trabalhei-mil-horas-seguidas-com-uma-carradona-de-doente-nas-mãos-a-precisarem-de-coisas-e-quase-sozinha-com-uma-pessoa-tão(pouco)diferenciada-como-eu-porque-chefe-que-é-chefe-não-faz-manda-fazer-não-vê-manda-ver-e-depois-põe-se-sabe-se-lá-onde-e-nunca-mais-ninguém-lhes-põe-a-vista-em-cima-o-resto-do-dia que estive prestes a largar-me num pranto carpido quando um, as escadas rolantes que sobem na estação de metro estavam paradas e dois, o senhor da banquinha da Zon me abordou e eu disse que não e ele insistiu.




Aaaah, muito melhor agora.




(*) ao menos, os feridos - se os houver - amanhã não vão para o meu Curryzinho Cabral Dirigentes políticos para Santa Maria. Manifestantes para S.José. Valha-nos isso.


17 de novembro de 2010

aaaaaaaww, acho isto lindo, juro.






Timeless love de Marrie Bot

Nunca se devia ser velho de mais para dar as mãos. E dar beijos de língua. E prespegar apalpões no rabo. E dormir em conchinha.

16 de novembro de 2010

Senhor seguidor nº 543, o da foto com uma pila na boca,


é favor tirar isso da boca que não me agradam essa coisas no meu blogue. Se quiser, eu indico-lhe uns sites, sim?

Agradecida, 

Cat. 

15 de novembro de 2010

adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, adoptar, nha nha nha nha nhaaaam.



Ora, no meu não introduzirá nenhumas que eu não tenciono, de todo, adoptá-lo brevemente.

Vão fazer o quê? Vem a polícia prender-me? Obrigar-me a pagar multa? Dizer que eu sou burra e escrevo mal? Hum, hum? Olha que merda esta, agora! [ Cat a arregaçar as mangas e preparar-se para defender a Língua Portuguesa com o corpo!]

14 de novembro de 2010

12 de novembro de 2010

Yeeeeeeeaaaaaaaaaaaaah.

O sentimento de satisfação com que estou por ser fim-de-semana e ir recuperar a minha vida social e beber mais do que devo, no Sábado à noite, neste momento, só é equiparável à excitação dos meninos do interior rural quando vão a uma cidade grande, pela primeira vez. Ou aos que nunca viram o mar e, de repente - tchanam! - os levam à praia!


Bom fim-de-semana,

meus cupcakes de chocolate com 
cobertura cor-de-rosa e estrelinhas de chocolate
acabados de sair do forno. (*)
(*) Duvido que, com a cobertura que levam por cima, os cupcakes saiam do forno assim. Mas vamos passar à frente dessa parte e manter a ideia romântica e fofinha. Va benne?

 

11 de novembro de 2010

tema sensível.


Mais angustiante, aflitivo e extenuante do que a morte de um doente é ver que um doente moribundo, que está a agonizar, ainda não morreu. É dos que se tem a certeza de que, impreterivelmente, morrerá dentro de dias. Hoje, amanhã, ate ao fim da semana, ninguém sabe exactamente quando mas sabe-se que sim. 

É um doente que está só a fazer cuidados paliativos e de suporte, com ordem de não-reanimação. Acerca de quem já desisti de tirar dúvidas sobre todas as coisas  novas que vou encontrando a cada dia porque já sei que Sim, Cat, nós sabemos que ele tem uma anemia grave mas não o vamos transfundir. Não, não vamos recomeçar antibiótico. Não, não interessa se ele está a entrar em falência renal  porque não vamos tratar. Não, não vale a pena pedires análises para amanhã porque amanhã, provavelmente, já não está vivo. Já aprendi - apesar de não ter aprendido rápido por não conseguir frear facilmente o meu impulso do TEMOS DE FAZER ALGUMA COISA! - que não vale a pena perguntar nada porque não se vai intervir mais nem é suposto. Agora é esperar.

Todos os dias, quando chego ao hospital, vou a interrogar-me se terá sobrevivido à noite. Sobreviveu. Mas era uma benção para ele, que não. E passo o dia naquela eminência. Quando o vou observar, estou sempre a medo que se dê à minha frente. Depois, passo o resto do dia a ir espreitá-lo ao quarto, só para ver se ainda está naquela aflição a tentar respirar ou se há, finalmente para ele, silêncio. Devia ter direito a morrer. Juro que devia.

Só pode ser contra a eutanásia quem nunca viu alguém sofrer assim.

10 de novembro de 2010

mas eu sei que sou parva e ingénua e infantil. por isso não façam caso e vão às vossas vidas.

Não estou preparada para aceitar que a Paixão e o Amor não possam co-existir, ambos intensos, num equilíbrio quase perfeito. Eu sei que a Paixão não chega. Que não é base sob a qual se construa uma relação. Eu sei, eu sei, eu sei. [Sou pelo Amor, juro! Ó pra mim com os olhos em forma de corações a bater palminhas pro Amor!]. Mas recuso-me a acreditar que são quase mutuamente exclusivos.

Como se fossem duas fases distintas, em tempos diferentes. Como se fosse um ciclo impossível de travar: primeiro, paixão avassaladora e Amor pouquinho qu'isto amores à primeira vista não existem e também é uma coisa que se constrói; depois, paixão menos avassaladora e Amor, Amor, Amor, aaah o Amor! (aqui é onde entram os violinos); depois paixão uuuupsondéquelaandaquejánãoseavista? . Não estou, não estou, não estou, não estou, bato o pé, cruzo os braços, amuo, faço beicinho e vou-me embora.

Não estou preparada para deixar de atribuir culpa humana à diminuição paulatina da Paixão e para aceitar como inevitável, como quem é atingido por uma fatalidade. Isso explica bastantes coisas da minha vida - que a olhos de outros são estúpidas mas, aos meus, fazem todo o sentido.
                                

a propósito destas palavras magníficas, as usual, da Rosa Cueca.


 

9 de novembro de 2010

Não podias ter aparecido mais cedo, não?

Evolução do meu espírito académico ao longo dos anos de curso, 
numa escala de 0 a 20.





Até posso ter passado ao lado duma brilhante e muitas décadas mais tarde ainda recordada carreira como devota e fiel estudante que-é-a-própria-encarnação-do-espírito-académico. Daqueles memo à séria. Mas agora... agora nunca saberei.


[ Começo a achar que outra carreira que me passou ao lado foi a de artista do Paint.]

8 de novembro de 2010

sim, que deixar de comer porcaria e pôr o rabo no ginásio já não se usa.




as pessoas que acham que vão conseguir umas pernas e rabo tonificados por usar os Reebok easytone devem ser as mesmas que se sentem mais fortes e equilibradas com a pulseira do equilíbrio.


7 de novembro de 2010

5 de novembro de 2010

se soubesse que o mundo acabava mesmo em 2012 não me estava a dar ao trabalho.


vou abrir-vos o coração e contar-vos o drama, a tragédia, o horror, a depressão, o suor, o bater com a cabeça nas paredes, os não sou capaaaaaaaz, quero a minha mãe! que se avizinham para não estranharem o declínio progressiva da minha já insana sanidade mental.

Poucos meses depois do fim do curso todos os finalistas de Medicina do país fazem o exame de acesso à especialidade - o meu será algures em Novembro de 2011 - cuja nota vai determinar a entrada no internato da especialidade. É "O" exame da vida. Porque vai determinar o início, o meio, o resto e o fim da carreira. Há especialidades que são carne um naco assim bem pequeniiino para cães. Portanto, independentemente da especialidade que se pensa querer, o objectivo é sempre ter a melhor nota possível. Porque é um pesadelo só se ter nota para se seguir uma especialidade da qual não se gosta. Ou uma que se gosta mas desterrado em Freixo de Espada à Cinta. Ou pior ainda, a combinação dos dois: uma de que não se goste e desterrado.

Para o exame de acesso à especialidade, estuda-se pela bíblia, o Harrison:





bem que procurei imagens fofinhas e queridas e com cor-de-rosa do Harrison. Mas não existem. E o motivo para isso acontecer é serem dois volumes com milhares de páginas - milhares não é uma hipérbole - que pesam pr'aí duas toneladas, com letras minúsculas e cujo conteúdo é suposto saber de trás para a frente, da frente para trás, de baixo para cima, de cima para baixo, aos ziguezagues, aos círculos, aos hexágonos e em todas mais as direcções que consigam traçar. [ E é neste momento que nos cantos dos meus olhos começam a assomar pequenas formações moleculares constituídas por uma proporção perfeita de um átomo de oxigénio para cada dois átomos de hidrogénio.]

Dizem que é sensato estudar durante um ano para o exame. Até há quem já tenha começado. E eu, nestas coisas e conhecendo a minha muuuuuui escassa capacidade de concentração, prefiro jogar pelo seguro. Fico com vontade de trepar pelas paredes se tenho de estudar durante um dia inteiro, portanto estudar um ano inteiro vai ser de ter vontade de espetar facas nos olhos de pessoas aleatórias com quem me cruze na rua. 

Começo dia 27 de Novembro
ou pelo menos, é esse o plano. 
Fujam.

4 de novembro de 2010

Cat a ver um filme em casa, numa noite da semana, numa posição mais próxima do plano horizontal do que do vertical em 4 passos.

1. Pôr o filme. 
2. Recostar-me na cama.
3. Ver o genérico. 
4. Adormecer.

Fatal como o destino.

3 de novembro de 2010

ontem foi tudo pro Bublé (foi bom, meninas?), eu sou mais disto:


start wearing purple, wearing purple, la la la la la laaaaaa, ansiosa por me vingar de ter falhado o Alive.


2 de novembro de 2010

não vão compreender metade das piadas a não ser que sejam da minha faculdade. mas não faz mal porque um blogue também é um diário e eu sei que, um dia, me vou deliciar a recordar(-nos) isto.





Manifesto gravado por finalistas - estou aí pro meio num sítio qualquer aleatório  - da Faculdade de Medicina de Lisboa, no nosso Teatro Anatómico para ser transmitido no maior evento académico do ano. Inspirado no outro manifesto famoso.  Love it.

1 de novembro de 2010

Huuuuuuuuummm.


Quero passar o feriado a ronronar enroscada no meu homem - a não estudar o que tenho para estudar, não fazer a pesquisa para a tese que tenho de fazer e bem a cagar-me para isso tudo - acordar sem despertador, fazer ronha, variar entre sentar o rabo na cama e no sofá, a ouvir a chuva lá fora e a comer petit gâteau.