31 de outubro de 2010

28 de outubro de 2010

Lord, u'r a crazymotherfucker!


A minha irmã, a minha little sis, a minha maria pipoca, a minha princesinha, a minha fofinha, a minha montes-de-coisas-acabadas-em-inha que ainda tipo on-tem tinha o tamanho de um Nenuco e a quem eu mudava as fraldas (*), faz hoje de-zoi-to anos e, às vezes, diz-me coisas que me fazem pensar que a irmã mais velha é ela.

DE ZOI TO. Como pode?



(*) Mentira, eu tinha cinco anos, a minha mãe não me deixava mudar-lhe as fraldas. Mas achei que parecia bem.

27 de outubro de 2010

Peripécias avulso.



Ontem mandaram-me ir observar um doente ucraniano de 50 anos. Ele estava extremamente irritado por estar internado há dois dias e ninguém lhe dizer nada, não sabia porque é que estava ali, não sabia quem era o médico responsável por ele (tudo típico). Observei-o, expliquei-lhe a situação clínica toda muito calmamente e como estava solidária e achava que ele tinha muita razão, disse-lhe Se quiser saber mais alguma coisa, pergunte por mim e disse-lhe o meu nome. Passados nem 10minutos, foram dizer-me que ele me estava a chamar. Chego lá e ele, descontraídamente, era para saber se a doutora me conseguia arranjar outra coisa para comer, é que o almoço é peixe e eu não gosto.


[ Sim, amigo, vou já ali comprar-te um Big Mac num instantinho!]


26 de outubro de 2010

foda-se, MEC, o que eu me rio contigo!

" Gosto de palavrões! Como gosto de palavras em geral. Acho-os indispensáveis a quem tenha necessidade de dialogar... mas dialogar com carácter!

O que se não deve é aplicar um bom palavrão fora do contexto, quando bem aplicado é como uma narrativa aberta, eu pessoalmente encaro-os na perspectiva literária! Quando se usam palavrões sem ser com o sentido concreto que têm, é como se estivéssemos a desinfectá-los, a torná-los decentes, a recuperá-los para o convívio familiar.

Quando um palavrão é usado literalmente é repugnante. Dizer "Tenho uma verruga no car@lho" é inadmissível. No entanto, dizer que a nova decoração adoptada para a CBR 900' 2000 não lembra ao car@lho, não mete nojo a ninguém. Cada vez que um palavrão é utilizado fora do seu contexto concreto e significado, é como se fosse reabilitado.
Os palavrões supostamente menos pesados como "chiça" e "porra", escandalizam-me. São violentos. Enquanto um pai, ao não conseguir montar um avião da Lego para o filho, pode suspirar após três quartos de hora, "ai o car@lho...", sem que daí venha grande mal à família, um "chiça", sibilino e cheio, pode instalar o terror. Quando o mesmo pai, recém-chegado do Kit-Market ou do Aki, perde uma peça para a armação do estendal de roupa e se põe, de rabo para o ar, a perguntar "onde é que se meteu a put@ da porca...?", está a dignificar tanto as putas como as porcas, como as que acumulam as duas qualidades.

Se há palavras realmente repugnantes, são as decentes como "vagina", "prepúcio", "glande", "vulva" e escroto". São palavrões precisamente porque são demasiadamente ínequívocos... para dizer que uma localidade fica fora de mão, não se pode dizer que "fica na vagina da mãe" ou "no ânus de Judas". Todas as palavras eruditas soam mais porcas que as populares e dão menos jeito! Quem é que se atreve a propor expressões latinas como "fellatio" e "cunnilingus"? Tira a vontade a qualquer um!

Os palavrões são palavras multifacetadas, muito mais prestáveis e jeitosas do que parecem. É preciso é imaginação na entoação que se lhes dá.

Eu faço o que posso."

Miguel Esteves Cardoso



25 de outubro de 2010

not my fault, as hormonas são potentes e têm efeitos estranhos sobre as pessoas.



Coisas deprimentes que a tpm já me fez fazer:

chorar a ver o Entre Vidas na parte em que os fantasmas vão para a luz.



[ Só o facto de ver tal série já é suficientemente deprimente, eu sei.]

24 de outubro de 2010

23 de outubro de 2010

em ponto de rebuçado.


é conhecê-lo há anos e anos - eu!, que me farto sempre das pessoas que é um instante -  e estar deslumbrada, todos os dias. É, por mais que o conheça, continuar a descobrir detalhes e pormenores que me deliciam. Acordar e adormecer arrebatada. E beijá-lo, dois milhões trezentos e quarenta e três mil beijos depois e saberem-me todos como o primeiro [awww, aquele momento!.]. É não interessar o quão cansada e stressada estou por saber que basta enroscar-me nele e ficarmos no silêncio para ficar logo tudo bem, para realinhar os chacras e ser inundada pela sensação tão reconfortante e quente de estar onde se deve estar. De estar onde se pertence. É, apesar de estarmos todos os dias juntos, estar sempre ansiosa pelo momento do dia em que ele chega e correr para a porta, com uma ansiedadezinha bestial, quase infantil. É não existir nenhuma pessoa com quem me divirta e me ria tanto. É não ter necessidade de agradar, de me adaptar, por saber que o ele gosta em mim é precisamente aquilo que sou. É estar sempre tranquila, sem reservas de me dar mais e mais. Quero muito conservar isto.


É saber que não é o meu namorado. É o meu homem.



21 de outubro de 2010

Frases cujo sentido é completamente desvirtuado se seguidas de um "mas".


Não sou racista.

Não sou homofóbico.







A evolução da sexualidade na pré-adolescência é mesmo um assunto digno de estudo.

O que é isto? 

[Aqui estava uma foto
do Justin Bieber
mas agora já não está
porque concordo que
estraga o ambiente.]

[ Agora começa a conversa do no meu tempo... ]. Ora, no meu tempo, andava a pitalhada toda louca pelos Backstreet boys que agora, dez anos depois, até me parecem um bocado panisguinhas, com as t-shirts brancas, justinhas, de cavas. E as tatugens em forma de pulseira à volta do braço, muito à década de 90. Mas, aos doze, aquilo parece um banho de testosterona. 

Agora, este pequeno Justin, com todo o ar de quem nem sabe o que é um pipi. Não se entende, sinceramente. 
 

20 de outubro de 2010

E a peste negra, já se esqueceram?

Para mim, ratos, hamsters, chinchilas, esquilos, é tudo a mesma merda. Ratídeos! (*) Detesto. Olho para uma chinchila e por mais que digam oooooooooohhhhhh, olha que fofa que é!, só consigo ver uma ratazana gigante à minha frente e fico logo com comichões e com os pêlos dos braços eriçados durante três horas.

E isto veio a propósito de um dias destes ter sido literalmente atacada pela chinchila de um amigo. [Eu estava sentada no sofá, tranquilamente, sem sequer estar a encará-la e a pega, do nada, buuumba, atirou-se em voo para cima de mim. Eu chamo a isso ataque, sim!]




(*) Eu sei que esta palavra não existe.

19 de outubro de 2010

Note to self:



ao entrar numa casa-de-banho pública que tenha as luzes apagadas, não começar aos saltos e a esbracejar, a pensar que é de sensor, porque depois entra alguém que carrega no interruptor e me faz sentir idiota.


18 de outubro de 2010

Sim, eu já sei que isto é assim, já sabia que um dia ia acontecer, já sei que tenho de aprender a lidar melhor com isso. Mas, na prática, estes pressupostos teóricos não fazem diferença nenhuma.

Hoje tive de dizer a uma pessoa que o doente que ela vinha visitar tinha morrido há uma hora. Os joelhos tremeram-me, só me apetecia fugir, fingir que não sabia, ir chamar alguém para dar a notícia.

Por mais abundante que seja a linguagem não-verbal, por mais que consigamos que a outra pessoa sinta o quanto lamentamos, por mais coisas que se digam antes e depois, não há outra forma de se dizer o que se tem de dizer senão O Sr.C. faleceu. É incontornável, ponto. E isso custa tanto.

E não me consigo libertar da sensação tão estranha e incómoda que me está a consumir desde que essas palavras saíram da minha boca. E da cara e dos olhos que, à minha frente, se abriram num Faleceu?... como quem não consegue acreditar.

17 de outubro de 2010

14 de outubro de 2010

traumas de infância.

Morro de medo de vir a ser picada por uma abelha (nunca fui).  
E o motivo é este:


o filme O Primeiro Beijo, 

dos tempos em que o Culkin ainda não metia pra veia.


13 de outubro de 2010

Considerações diversas no 3º dia de estágio.

1. A recepção foi Sejam muito bem-vindos. Fiquem desde já a saber que vão ser altamente explorados porque nós adoramos mão-de-obra barata. Eu não me auto-intitularia mão-de-obra barata mas sim mão-de-obra escrava, dado que, alem de ganhar zero, pago mil euros de propinas.

2. No primeiro dia trabalhei 11 horas seguidas, com meia-hora de almoço.

3. Estou uma perita a fazer gasimetrias.

4. Se virem uma médica novinha, de esteto cor-de-rosa, nas Urgências do Curry a quem os médicos mais velhos gritam com Vai observar aquele doente!, Faz a nota de entrada daquele!, Vai tirar sangue ao outro!, Pede uma eco ao da maca 2! e mais três ou quatro ordens semelhantes, todas ditas do espaço de 30 segundos... aaaah!, that's me!

5. Hoje vi uma médica com um uniforme assim:


e sei que não vou conseguir dormir descansada até ter um igual.

6. Estou com uns papos tão grandes - acordo já assim! - que basta um sorriso maior para os meus olhos deixarem de ser visíveis entre o papo superior e o papo inferior. E já nem vou dissertar sobre olheiras, que essas atingiram um nível histórico.

7. Hoje, uma velhinha de 99 anos com uma ordem de não-reanimação, teve uma paragem cardiorespiratória e morreu. Eu vi. E duvido que algum dia consiga encarar a morte de ânimo leve. Tenha o doente a idade que tiver, seja em que circunstâncias for.


Mas tirando o cansaço, sim, estou a gostar bastante. 
E prometo que não vou transformar este blogue num relatório de actividades do estágio.


10 de outubro de 2010

Ainda não me caiu a ficha.



Sou finalista de Medicina e começo amanhã o meu ano de estágio.


Pra começar, 12 semanas no serviço de Medicina do Curry Cabral, toma lá que já almoçaste e depois não te venhas cá queixar que ainda és do tempo em que tinhas uma vida.

Ca - gun - fa.


Sunday's Lovely Stuff

7 de outubro de 2010

É no que dá a mania de que se é kitsch.

Comprei um copo do Starbucks, dos de andar na mala, estes:




E agora o copo está ali em cima da secretária a fazer de copo de canetas e a tampa a servir de cinzeiro. E é só para não dizer que não lhes dou uso.

Portanto não me vou deixar levar pela moda garrafas SIGG superfashsuperin, que não preciso de nenhuma jarra de flores extra cá em casa.




6 de outubro de 2010

Ainda esse assunto, que isto já me está a dar cabo dos nervos.

Senhores que alugam casas:

Ponto 1 - o facto do quarto ser interior, sim!, é importante.

Ponto 2 - o facto da casa ser na cave, sim!, é importante.

Ponto 3 - quando se diz a alguém " é na Estrela", uma pessoa pensa "ah, é na Estrela!". Não pensa "aaaah, passas a Estrela, segues, segues, segues, segues, segues, segues e é a 1,5km da Estrela".

Ponto 4 - não vale a pena dizer que a vizinhança é boa, isto é malta jovem!, quando olhamos à volta e tememos não conseguir sair dali sem ser assaltados.

Ponto 5 - não chamem sala de estar a uma marquise com três cadeiras de madeira.

Ponto 6 - têm de ser todos atrofiados, nervosinhos, maníacos, obssessivo-compulsivos ou assustadores? Damn it, qual é o vosso problema?

São tudo pontos que não vale, de todo, a pena ocultar/não revelar/mentir/tentardaravolta ao telefone porque quando se vai ver o sítio são coisas escandalosamente visíveis. Assim poupam o vosso tempo, o nosso tempo e ficamos todos mais felizes e com mais tempo para fazer coisas fofinhas, tipo passear de mão dada à chuva ou fazer o amor. Sim?


5 de outubro de 2010

3 de outubro de 2010

2 de outubro de 2010

Quando a proporção normal seria de 0 para 20.


Sei que estou a ter uma noite-não - como a de ontem - quando gasto mais dinheiro em algodão doce do que em álcool.




1 de outubro de 2010

Isto não é serviço público, é serviço privado, se faz favor.

E são assuntos imobiliários. Ora é o seguinte:

1) Alguém tem/ sabe de / conhece alguém que tenha um quarto individual, mobilado, para alugar a rapaz em Lisboa, até 300 euros, central - Parque das Nações não é central, Pontinha não é central, Amadora não é central, Alcântara, Belém, Algés, Xabregas, Lumiar, Loures, Odivelas não são centrais , estão a ver o conceito de central? - perto do metro, numa casa fofinha, onde não more uma pequena comunidade e onde o dito possa receber a visita da namorada (*), de vez em quando? E de preferência que não tenha boazudas a passearem-se em trajes menores pela casa. Mas se tiver, também não faz mal que eu gosto de, ocasionalmente, dar uso ao meu sabre japonês.

2) Alguém tem/ sabe de / conhece alguém que tenha um quarto individual, mobilado, para alugar a rapariga em Coimbra, perto ou com bons acessos à ESEC (ao pé do Dolce Vita), numa casa de estudantes, de preferência só raparigas e onde a dita possa receber a visita da irmã (*) em eventos míticos, tais como a Queima e a Latada?

Muito agradecida, sim?



(*) Eu, portanto.

Adenda ao post - Situação 2 resolvida. Obrigado.