Tanto disparate junto em tão pouco espaço!
Como podemos nós aceitar esta lei sem ficarmos incomodados? (...) Olhando bem
para essas criaturas de Deus, eles e elas vivem na vergonha e não sabem como sair
dessa situação e, acreditem, eles ou elas têm sentimentos de remorso.
Isto é uma doença como qualquer outra, como a doença bipolar, etc.
Vamos tentar ajudá-las e não empurrá-las para um abismo. Como podem os pais e nós todos ignorar estas pessoas que estão a precisar de ajuda?
Maria
[Carta de uma leitora publicada no Jornal Metro
(uau, essa grande referência da informação mundial, eu sei!), a semana passada]
1. Criaturas de Deus? Ah pois, logo aí, ficam muitas coisas explicadas. Por essas e por outras é que eu sempre preferi ser uma criatura do Demo! (Muah ah ah ah!)
2. Ah, claro, essa doença perfeitamente estudada e documentada. Não é a gripe, não é a asma, não é a hipertensão, não é a hepatite, é a... (rufos de tambores!) homossexualidade! Ainda existem mesmo pessoas que acreditam que a homossexualidade é doença? É que a minha avó tem 81 anos, toda a vida viveu numa aldeia e nem ela acha isso. A única doença que vejo aqui é que afecta tantas Marias e os Manéis deste país: Tacanhez Crónica.
3. Obviamente, sou a favor do casamento entre homossexuais. E da adopção também. E nem sequer acho que faça algum sentido ser a favor do casamento e não da adopção. Apesar de ficar em polvorosa quando discuto temas do género, ando a tentar abster-me de entrar em discussões acesas. Porque preconceitos raramente são ideias discutíveis. A maior parte das vezes, são parvas. Só. Logo, não merecem discussão.
[ Eles e elas duas vezes para não deixar dúvidas em relação a quem são as pessoas a que se refere. Não é mais ninguém além deles nem outras pessoas que não elas. São exacta e precisamente eles e elas!]
Ah, e sem estar relacionado com o post mas só para ficar registado: estou muito sentida com vocês. A Pipoca vai casar-se, pimba!, toma lá já uns Louboutin em cima. que já almoçaste. A mim, ninguém me vai entregar a porcaria dos livros. Amuei. E não se fala mais nesse assunto, pronto.