30 de novembro de 2009

Será que posso ser processada por escrever isto? (*)


Espero que o meu professor de Otorrino nunca seja vosso otorrino.

Porque eu gosto de vocês.

E não gostava que vos enfiassem na boca compressas que caíram no chão. Nem que enfiassem nos vossos esbeltos e delicados ouvidos espéculos descartáveis que não foram descartados e foram usados no doente anterior. (Podem sempre ter a sorte de ser o primeiro doente em vez do segundo...)

Tirando isso, o senhor é mesmo uma simpatia.




(*) Eu não disse o nome dele, eu não disse o nome dele, eu não disse o nome dele! E mesmo que tivesse dito, é verdade. Podemos ser processados por dizer a verdade? Dexter? Alguém?

27 de novembro de 2009

A culpa é do frio que faz em Fevereiro, que é mesmo bom para as pessoas ficarem fechadas em casa, no quentinho, a fazer bebés!

Ando com uma vida que é uma rambóia pegada. Mas a culpa não é minha.
A culpa é das pessoas que fazem todas (não todas mas muitas!) anos por esta altura.

No último Sábado tive um jantar de anos.
Amanhã, Sábado, tenho um jan
tar de anos.
Na quinta-feira tenho um jantar de anos.
No Sábado seguinte tenho um jantar de anos.


E tenho de ir a todos. Porque são de grandes amigos. E porque gosto. E detesto a sensação de que estão a acontecer coisas giras e eu não estou lá!

Mas isto cansa, não pensem que não. Depois ando aí uns tempos em que nenhum convite do mundo é suficientemente tentador para me arrancar do meu pijaminha com ursinhos, dos meus chinelos cor-de-rosa com bolinhas e brancas e da minha manta polar. Ah pois.

Bom fim-de-semana, minhas canecas de chocolate quente, doce e espesso,
bebido à lareira!


[ Soa tão mal chamar-vos canecas! Mas quero referir-me é ao conteúdo, 'tá?]





[ Estava a testar o número de caracteres máximos de um título!]

Os meus momentos só-quero-enfiar-a-cara-num-buraco-e-desaparecer

1. Cheguei ao multibanco e estava uma rapariga a levantar dinheiro que tive a certeza ser uma amiga minha. Loura, a mesma estatura, a mesma roupa... (A minha terra é pequena, importa referir!). Dei-lhe um apalpão, para me meter com ela. A rapariga vira-se, sobressaltada... não só não era a minha amiga, como era uma desconhecida.

2. Comprei uma saia na H&M, no Verão de há uns dois anos. Lembro-me que pensei Hum, que giro, que tecido tão levezinho! Quando a estreei, estava a descer para a estação de metro quando vem uma daqueles correntes de ar potentes, do metro. A saia de tecido tão mas tão levezinho levantou TODA para cima e estava impossível de baixar porque a corrente de ar não passava. Eu baixava à frente, ela continuava a levantar atrás. E vice-versa. Foi o dia em que mostrei o rabo ao Mundo. [ Ver foto abaixo!]

3. Estive num intercâmbio na República Checa, a morar com uma família checa. Um dia, fomos a um parque aquático interior. Esperei que a luz do semáforo de um daqueles escorregas enormes, aos S's, ficasse verde (é a distância de segurança). Só que, armada em esperta, dei muito muito muito balanço com as mãos, nas paredes do escorrega e acelerei imenso. De repente, vi que me estava a aproximar-me vertiginosamente da senhora que tinha descido à minha frente. Tentei travar, com as mãos a chiar nas paredes do escorrega, quase a lançarem faíscas. Tarde demais. PUMBA, em cheio nas costas dela, mesmo quando estávamos a saltar do escorrega para a piscina. Ela vira-se furiosa, aos gritos em checo (eu não falava checo!) e no movimento de se virar para mim, presenteia-me com as suas axilas SUPER peludas (um dia falo-vos dos hábitos depilatórios das checas). Ia explodindo a rir na cara dela.

4.
Era miúda, tinha uns doze anos e estava com amigos em casa de um deles. Fui à casa-de-banho com a minha melhor amiga e, por causa de um disparate qualquer, rimo-nos tanto que eu caí de rabo para trás, para dentro da banheira. E no caminho, mandei abaixo o varão e o cortinado da banheira.

5.
A primeira, única e última vez que fui ao Bingo foi com um amigo que, como eu, mal sabia as regras daquilo (super complexas, ui!). Estávamos a jogar juntos, num só cartão. Então, não sei porque motivo (fizemos uma linha, acho eu!) gritámos BINGO no meio da sala cheia de gente! E claro que não era...

6.
Descobri, aos vinte anos, numa noite em que dormi fora de casa que não, não é um mito urbano: se sonharem que estão a fazer chichi, fazem mesmo chichi, em tempo real. Este foi o mais humilhante da minha vida, de sempre.
[ Este é o momento em que a minha vida social morre aqui!]







26 de novembro de 2009

Vamos destruir a nossa vida social aqui, agora e já?



Contem-me tudo!

Quais os vossos momentos só-quero-enfiar-a-cara-num-buraco-e-desaparecer ?



(Não necessariamente em roupa interior. Mas, se quiserem, também pode ser!)

Contem tudo que eu depois conto os meus. Vão gostar.

25 de novembro de 2009

H E L P !


São oito da manhã. Entro às oito e meia mas ainda estou em casa e com o quarto virado do avesso. Tudo porque estou com aquele histerismo feminino matinal do...
NÃO TENHO NADA PARA VESTIR! (*)




(*) Sim, é uma hipérbole!


24 de novembro de 2009

Já Faltou Mais.


Já tenho o blusão de cabedal. (*)

Agora só falta a mota.



Esta, se faz favor, em cor-de-rosa.

Ando louca que vocês nem sonham para ter uma
Vespa!


(*) Sintético, que eu não uso peles de animais!



Aí vão dois!

A Lady do I'm a Lady deu-me este selo.
Obrigado, adoro, é muito Marilyn Monroe!




E eu passo a estes blogues sexy:

, Hermione, ~rita, Malinha viajante, Kikas,
*B* , Rapariga do Batom Vermelho




A *B* do Mais-Que-[Im]Perfeita, a Miss Kitty do Perturbações de (Hu)amor e a Madame Pirulitos do Em Estado Puro, umas amorosas!, passaram-me o desafio.


1. Seguir as regras
2. Levar o selo acima, que identifica quem está, esteve ou estará no desafio;
3. Completar as seguintes frases:

Eu já... parti sete dedos das mãos em sete ocasiões diferentes, seis deles da mesma forma.
Eu nunca...hei-de dormir com almofada. Não gosto, não consigo, é desconfortável.
Eu sei...
que, por mais que me esforce, este mau feitio nunca vai mudar. Por isso, já não esforço.
Eu quero... querer sempre coisas e nunca me dar por satisfeita.
Eu sonho... que estou a correr e acordo cansada e com dores de pernas como se estivesse estado mesmo a correr. Juro.

4. Indicar 5 blogues para dar sequência ao desafio
(vou indicar mais do que isso que quem manda aqui sou eu!)

Rosie Dunne, Jojozinha, Serena Van Der Woodsen, Zaahirah
,
Pinkk Candy, Lady me

5. Quem desafiei, deve ir aos blogues das três meninas, acima mencionados.


23 de novembro de 2009

Essa doença chamada homossexualidade.

Tanto disparate junto em tão pouco espaço!


Como podemos nós aceitar esta lei sem ficarmos incomodados? (...) Olhando bem
para essas criaturas de Deus, eles e elas vivem na vergonha e não sabem como sair
dessa situação e, acreditem, eles ou elas têm sentimentos de remorso.
Isto é uma doença como qualquer outra, como a doença bipolar, etc.
Vamos tentar ajudá-las e não empurrá-las para um abismo. Como podem os pais e nós todos ignorar estas pessoas que estão a precisar de ajuda?
Maria

[Carta de uma leitora publicada no Jornal Metro
(uau, essa grande referência da informação m
undial, eu sei!), a semana passada]



1. Criaturas de Deus? Ah pois, logo aí, ficam muitas coisas explicadas. Por essas e por outras é que eu sempre preferi ser uma criatura do Demo! (Muah ah ah ah!)

2. Ah, claro, essa doença perfeitamente estudada e documentada. Não é a gripe, não é a asma, não é a hipertensão, não é a hepatite, é a... (rufos de tambores!) homossexualidade! Ainda existem mesmo pessoas que acreditam que a homossexualidade é doença? É que a
minha avó tem 81 anos, toda a vida viveu numa aldeia e nem ela acha isso. A única doença que vejo aqui é que afecta tantas Marias e os Manéis deste país: Tacanhez Crónica.

3. Obviamente, sou a favor do casamento entre homossexuais. E da adopção também. E nem sequer acho que faça algum sentido ser a favor do casamento e não da adopção. Apesar de ficar em polvorosa quando discuto temas do género, ando a tentar abster-me de entrar em discussões acesas. Porque preconceitos raramente são ideias discutíveis. A maior parte das vezes, são parvas. Só. Logo, não merecem discussão.

[ Eles e elas duas vezes para não deixar dúvidas em relação a quem são as pessoas a que se refere. Não é mais ninguém além deles nem outras pessoas que não elas. São exacta e precisamente eles e elas!]





Ah, e sem estar relacionado com o post mas só para ficar registado: estou muito sentida com vocês. A Pipoca vai casar-se, pimba!, toma lá já uns Louboutin em cima. que já almoçaste. A mim, ninguém me vai entregar a porcaria dos livros. Amuei. E não se fala mais nesse assunto, pronto.





20 de novembro de 2009

O momento mais feliz da semana!


Bom fim-de-semana

meus donuts super fofos, cobertos de chocolate e de coraçõezinhos!

(Oooh, gostaram, gostaram?)




[ O meu antevê-se movimentado, especialmente Sábado à noite.
Porque quer chova, quer faça sol, o que faz falta é animar a malta!]



É que até escrevia, com amor, um texto dedicado a vocês!

Temos aqui um problema. Temos, não: tenho! Mas estou a tentar tornar-vos solidários com a causa. Como alguns sabem e outros não, tenho uns livros em atraso na rede de Bibliotecas Municipais de Lisboa. Um atraso pequeno, praticamente insignificante, perfeitamente perdoável, visto não sermos nós o país da pontualidade britânica.

A data de entrega era 27 de Maio de 2008. Como vêem, nada de especial. Nesse dia, não deu jeito. Nem no seguinte. Nem nos 540 e tal dias depois, mais coisa, menos coisa. Não deu jeito, pronto. É que eu ainda moro a uma estação de metro da Biblioteca mais próxima, não é coisa fácil, xuxus!

E venho aqui assumir em primeira mão: eu, Cat Maria, que tenho o nariz empinado, mau feitio que chegue e que consigo lançar chispas fulminantes pelos olhos, tenho vergonha de ir entregar os livros. Não consigo. Não consigo chegar lá e dizer eeeerg, estão um bocadinho atrasados e esperar para ver a cara da senhora ou senhor bibliotecário quando vir qual é o atraso. E muito menos gostava de estar lá e ouvir o que tem para me dizer depois.

So, that's the deal:
quem é o leitor mai'lindo, a coisa mai'fofa do meu coração, o maior kutxi kutxi kutxi kutxi do país que me quer ir entregar os livros? Engendramos um
a desculpa qualquer, podem dizer que são da vossa irmã que foi em Erasmus, passou a liderar uma rede internacional de tráfico de rins e nunca mais voltou ou que engravidou e foi viver com o namorado cigano numa caravana nómada ou que ingressou numa seita que planeia o suícidio colectivo. O que ganham com isso? Além de fazerem a vossa boa acção do dia, de se ficarem a sentir boas pessoas e de terem a minha gratidão eterna, claro que vos dou qualquer coisinha em troca. Estava a pensar...um chupa, um saquinho de gomas ou outro docinho à escolha. Uns quatro ou cinco, até.

Não é suborno mas não se esqueçam que eu vou ser médica. E olhem que dá sempre um jeitão conhecer um médico algures. Não sei, digo eu. [ Se usarem isto contra mim, eu apago o último parágrafo e nego até à morte, nha nha nha nha nha! ]





Oh, vá lá, vá lá, vá lá, vá lá, vá lá, vá lá, vá lá, vá lá, vá lá, vá lá, vá lá, vá lá, por favor!

[ Não cheguei a ler os livros. Dois já os tinha, só não sabia deles e o outro trouxe por engano!]



19 de novembro de 2009

Vocês Segurem-me!


Isto não pode ser bom: descobri uma receita caseira de
Baileys, na net.

Não estão bem a ver o que eu gosto de Baileys. Vamos esquecer a parte de ter álcool, porque não é por isso (se fosse, ia ter também de mencionar a ginginha, as caiprinhas, o vodka preto, o martini branco...!).

Aquilo é o néctar dos deuses. Podia beber a toda a hora que não enjoava. Só de pensar... aquele sabor docinho, aveludado... q
uase me vêm lágrimas aos olhos!

Uma pessoa não compra Baileys para ter em casa, já por causa das coisas, bebe só quando sai. E depois, tragédia!, depara-se com a receita. Digam lá que não é coisa do Demo? Por isso vá, levem-me essa receita daqui em missão urgente, já já jázinho, antes que aconteça alguma catástrofe!




Aposto que vai aparecer um homem a dizer Isso é mesmo bebida de gaja!
Ja me disseram n vezes.
(Mal seria se eu não fosse uma, certo?)

18 de novembro de 2009

Eu não estou aqui por causa do dinheiro, vim para me divertir.


É a frase mais ouvido nos sítios onde as pessoas vão deliberadamente e só para ganhar dinheiro: programas de televisão.


Não, não há mais nada para fazer lá, não há espectáculos de stand-up comedy, não há o Herman José (esse também já tem pouca piada, não é?), não há palhaços idiotas, não há nada disso.

Cá eu, para me divertir, não sei, vou ao cinema, jogo ténis, saio para dançar, vou lanchar com amigas...essas coisas parvas que não cabem na cabeça de ninguém que divirtam alguém. Inscrever-me, esperar para ser chamada e ir à televisão responder às perguntas de cultura geral de um apresentador gordo e um bocado parvo, não está incluído no Formas de Se Divertir da Cat.

Mas claro, cada um se diverte como pode.





[ Parece que há um bloqueio mental qualquer que impede as pessoas de dizer Vim aqui porque quero ganhar dinheiro. Que hipocrisia, darlings! ]

17 de novembro de 2009

A Vida Para Uma Pessoa Sem Fonte de Rendimentos Própria.


Como eu, que sou estudante. Estudante explorada, ainda por cima, que apesar de andar por aí nas Urgências, ninguém me dá nada e ainda sou eu que pago (mil euros por ano de propinas!). Mas adiante, que não é esse o tema hoje. Vai a menina, toda airosa, no alto dos seus sete centímetros de salto (*), com o seu cabelo esvoaçante, Chiado acima, Chiado abaixo, decidida a pôr-se a par das novas tendências de estilistas de renome. Entra na Marc Jacobs - que é só o director criativo da Louis Vuitton - que abriu uma loja no Largo de São Carlos, com uma linha a preços mais acessíveis. Haver coisinhas muito bonitas, havia...! Mas só posso dizer:

Marc, fofucho, se isso é "acessível", vai morrer longe. Vais?
Temos conceitos claramente diferentes acerca da mesma palavra.




(*) Naaa, estou a brincar, ia de botas rasas que a calçada portuguesa não permite aventuras. Mas achei que ficava bonito na história, a compôr a imagem. Pronto, foi isso.



16 de novembro de 2009

Os burros trabalham para ganhar a vida, os espertos assaltam supermercados!


Acho que nunca me tinha rido tanto a ver as notícias (é que é sempre com cada dramalhão!).

Parece que algures no Algarve, ia um assaltantezeco de trazer por casa (só pode!) decidido a roubar um supermercado. Espertinho, pensou entro por esta janela pequenina que ninguém me vê. Acontece que era pequenina demais. Azar o dele que ficou a noite toda entalado na janela pelas ancas , sem conseguir entrar e sem conseguir sair (e ainda por cima, com os pés no ar, sem os conseguir apoiar no chão). Pés do lado de fora, cabeça do lado de dentro. E só foi descoberto de manhã pelos funcionários do supermercado que tiveram de chamar os Bombeiros para o desentalar. Não lhe mostraram a cara mas mostraram-lhe o rabo, a ser socorrido pelos Bombeiros. Eu parti-me a rir.

É que já não há larápios competentes como antigamente!
Estes agora parece que tiram o curso por correspondência!





15 de novembro de 2009

Insónias?


A melhor maneira de resolver isso rapidamente é ler um artigo científico de muitas páginas intitulado Initial treatment and prognosis of Kawasaki disease (*), que é o que estou a tentar fazer agora. É que, ui!, caem logo para o lado agorinha mesmo, que ainda nem são oito da noite, num soninho descansado e só acordam de manhã (que é o que me está prestes a acontecer!), tal é o interesse da coisa.






(*) Tratamento inicial e prognóstico da doença de Kawasaki, espectacular.


13 de novembro de 2009

É que nem tenho mais nadinha para fazer!

... por isso era completamente desnecessário ter começado a ver Gossip Girl, assim como quem não quer a coisa, só p'ra ver como aquilo era. Para agora consumir episódios a uma velocidade estúpida, como se não achasse que aquilo é uma sériezinha de miúdas de liceu para miúdas de liceu (mas acho mesmo!).

'Tá bonito!




Bom fim-de-semana, meus muffins de chocolate, acabadinhos de sair do forno.



12 de novembro de 2009

Acontece aos Melhores!


Mas aconteceu-me a mim que nem sou das melhores a conter-me.

Nas Urgências de Ortopedia, na segunda-feira, no Curry Cabral, apareceu um doente chamado Fodê. Não era português, era angolano. Sou muito básica, eu sei. Mas tive de me partir a rir quando o médico que estava comigo, chamou no intercomunicador " Senhor Fodê ao gabinete 5". [Mas ele também se riu, que eu vi!]




11 de novembro de 2009

Sem Título.


Perdemos tantas pessoas - não no sentido fatal da palavra! - ao longo dos anos que, para não me chatear demasiado, gosto de pensar que é uma inevitabilidade da vida. Como que um processo de selecção natural: se mantivéssemos todos os amigos que criámos ao longo da vida, não teríamos tempo para eles. O que é, em certa parte, verdade. É um processo natural.

Longe vão os sweet sixteen que, para mim, foram uma época maravilhosa nesse sentido. Nessa altura, tem-se os melhores amigos do Mundo, tive dezenas de amigos muito próximos. A amizade era o valor e expoente máximo. É uma ingenuidade boa até... mas não dura para sempre. Na altura, tinha a certeza de que todas essas pessoas, que me eram tanto, nunca iam desaparecer da minha vida, nunca me iam desiludir, eu nunca os ia desiludir, nunca nos íamos afastar ou trair. Nem pensava nas outras causas, sem grande explicação, que são assim porque pronto, tem de ser, porque as pessoas mudam, porque têm menos tempo, porque se afastam fisicamente, porque ficam muito tempo sem se ver, porque deixam de partilhar interesses, porque surge um desconforto e um silêncio constrangedor quando se reencontram.

Conhecem-se outras pessoas, sim. Há sempre novos amigos. Mas eu própria sou também uma pessoa diferente que já não me dou da mesma forma de quando tinha essa
idade nem sinto as coisas com a mesma intensidade (e ainda bem, a sério!). Mas adoro ainda ser surpreendida. Há sítios que já considerávamos pequenos demais para nós - que presunção, Cat! - que sempre conhecemos e que julgávamos já não ter nada de interessante para nos dar...quando de repente se descobrem pessoas que sempre soubemos que existiam mas que não conhecíamos (e vale tanto a pena!).

Conservo alguns e muito bons amigos da adolescência que são suficientes porque são bons, valha-nos isso! [Mantenho a minha melhor amiga desde os quatro anos, com a mesma cumplicidade de sempre, só para se roerem de inveja!]. Mas não consigo deixar de sentir aquela nostalgiazinha pelas pessoas todas que já lá vão, que nem sei onde páram ou o que fazem, algumas.




10 de novembro de 2009

Já...?



Anúncios de brinquedos a toda a hora para as criancinhas darem cabo da cabeça dos pais? Árvores de Natal à venda? Prateleiras de hipermercado cheias de Ferrero Rocher e Mon Cheri?

Compras de Natal, JÁ? Nem pensar. Compras de Natal que são compras de Natal são no dia vinte e três de Dezembro. Senão, onde ficava o stress, as bolhas nos pés de entrar e sair em lojas, o Ai Jesus, que a noite de Natal é já amanha!, o desespero? Naaaa! Coisas com demasiada antecedência não são para mim.






8 de novembro de 2009

Estranho (Ou Pelo Menos Devia Ser!)...


é sentirmo-nos na obrigação de quando convidamos um amigo para beber café,
anexar ao convite a frase se a tua namorada não se importar, claro.



[ E ele responder em conformidade!]


6 de novembro de 2009

Menina do Papá.


É o que eu sou e sem vergonha. O meu pai é a pessoa de quem g
osto mais, no Mundo. Claro que é por ser meu pai. Mas é por mais do que isso: é por ser a pessoa que é. O meu pai sabe como estou sem precisar de me perguntar (ou isso ou tem uma rede de espiões atrás de mim!). Suspeita que estou mal mesmo quando disfarço (excelentemente bem, devo dizer!) e consigo enganar toda a gente, até a minha mãe.

O meu pai gosta de me dar abraços apertados, gosta de me ir buscar ao comboio quando chego à sexta-feira. Gosta de acender a lareira quando chego, no Inverno, porque sabe que é das coisas que sinto mais falta em Lisboa e sei (fonte secreta também!) que morre de saudades quando fico um fim-de-semana sem ir a casa. O meu pai gosta de assinar , O Pai no final das mensagens, como se fosse preciso. Comove-se quando eu lhe envio postais, à moda antiga, nos anos e no Dia do Pai, a dizer-lhe coisinhas bonitas e telefona-me a dizer que só lhe apetece emoldurá-los. O meu pai morre de orgulho em mim, tanto como eu nele!, e conta em todo o lado e a bom som, coisas que faço que acha serem dignas de registo. Uma vez, pagou uma rodada aos amigos por eu ter passado num exame complicado com distinção. O meu pai sabe dizer-me as coisas certas. Sabe lidar comigo. Tem uma sensibilidade que se adequa em todas as situações à pessoa que eu sou e àquilo que preciso que ele me seja.

Ele não vai ler isto (assim também não corro o risco de ele ficar todo snob, todo ah e tal, sou o maior!). Apesar de ser a filha mais velha, sou a princesinha do meu pai. Adoro. E tenciono que continue a ser assim. Pleeease.






Bom fim-de-semana, meus triângulozinhos de Toblerone!






5 de novembro de 2009

Ou Os Meus Mamilos Têm Algum Defeito...


... ou são os das meninas da Playboy que têm.

São sempre abusada e assustadoramente grandes e espetados!

(Parece que dão para pendurarem o casaco! Ah espera...qual casaco?)





4 de novembro de 2009

A Classe Não se Compra Nem se Vende.

Ou se tem ou não. E a prova viva disso é o Cristiano Ronaldo. Por muito rico que seja - e muito mais que venha a ser - por muita pochette Louis Vuitton, muito fato Hugo Boss, muita cuequinha Armani, por muitos Rolls Royce que conduza...ninguém lhe tira o ar de guetto.




3 de novembro de 2009

Se Não Há é Porque Não Há...


Mas se há...


Por ser estudante do 5º ano de Medicina, tenho direito a receber vacina da gripe A, fazendo parte de um dos tais grupos ditos prioritários. Recebi um e-mail a perguntar se ia querer recebê-la - para terem uma estimativa de quantas doses vão ser necessárias. E agora, não sei. Assim de repente, sim, quero, que eu não sou muito de ir nesses boatos que por aí circulam. E costumo achar que as teorias da conspiração são coisa de pessoas com muita imaginação e pouca coisa para fazer. Mas, se dentro da própria comunidade médica há dúvidas e não há uma fonte fidedigna de informação (ou nem todas as fontes fidedignas partilham da mesma opinião!). Hmm...




2 de novembro de 2009

Mais do que em Grandes Epopeias Românticas que Moveram Nações


...cada vez mais acredito que as
verdadeiras histórias de amor se constroem nos pequenos gestos. Nos do dia-a-dia, inesperados. Porque o dia-a-dia nem sempre é um filme romântico e precisa de substância. De pequenas surpresas, pequenos mimos que não temos a certeza de merecer. Precisa do ramo de gerberas cor-de-rosa que ele tira de trás das costas, sorridente, quando lhe abro a porta. Precisa das cartas de amor que lhe escrevo. Precisa da caixa de chocolates que me enviou.

Precisa daquele passeio ao nosso sítio preferido, do jantar-surpresa relaxante no fim de um dia de loucos, daquela massagem que sabe divinamente bem. Precisa das comemorações que não são em dias de data a assinalar. Precisa de sessões de mimos gratuitas, precisa do Afinal conseguiste vir!, daquela foto impressa em tamanho A4. Precisa daquele presente - sem valor monetário - mas com um valor sentimental que não há dinheiro que pague. Do pequeno almoço na cama, daquela música que traz lembranças, de velas acesas, de um bilhete deixado subrepticiamente no bolso do casaco.








1 de novembro de 2009

'Bora Ficar em Coma Diabético?


Mas alguém consegue dar cabo duma lata de leite condensado inteira,
sozinho, às colheradas (de sopa), sem remorsos e sem ficar enjoado?


[ Além de mim, claro! ]